Poema 2 - Para Sempre
Para Sempre
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito de grão de milho
ANALISE DO POEMA
- Logo no inicio do poema, Carlos Drummond de Andrade questiona a permissão das mães morrerem.
- No segundo estrofe, Carlos Drummond acredita que a morte é algo inevitável e inesperado.
- Concluindo, no ultimo estrofe, o poeta volta a se pronunciar sobre as mães e como elas deveriam ser eternas, e ficar sempre ao lado de seu filho
Este poema é lindinho...
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